Junta de Freguesia de Facha Junta de Freguesia de Facha

História

INFORMAÇÃO SUMÁRIA

 

Padroeiro: S. Miguel.

Habitantes: 1.380 habitantes (I.N.E.2011) e 1.482 eleitores em 05-06-2011.

Sectores laborais: Indústria têxtil, transformação de madeira e serralharia, construção civil, agricultura e pecuária e pequeno comércio.

Tradições festivas: Senhora da Rocha(3º Domingo de Julho) e Senhor do Socorro (3º Domingo de Agosto).

Gastronomia: Arroz de Sarrabulho, Arroz de cabidela (Pica no Chão) e Leite creme.

Artesanato: bordados, principalmente em toalhas de linho.

Valores Patrimoniais e aspectos turísticos: Casa das Torres, Igreja paroquial, capelas de Santo Estêvão, do Senhor do Socorro, de S. Sebastião, de S. Cipriano, de S. João, da Senhora da Abadia e da Senhora das Neves, castro de Santo Estêvão (monte do Senhor do Socorro), Quintas do Paço, Sobreiro, da Pedreira, de Outeiro, do Casal, do Dr. Brito e da Cavada.

Colectividades: Associação Cultural e Recreativa de Caça e Pesca do Monte da Nó, Associação Desportiva e Cultural Fachense, Associação de Pais e Encarregados de Educação das Escolas da Facha, Centro Paroquial e Social da Facha, Conselho Directivo de Baldios da Freguesia da Facha, Grupo de Bombos da Facha, Grupo de Cavaquinhos da Facha, Grupo de Teatro de Facha, Ronda Típica de Facha.

 

ASPECTOS GEOGRÁFICOS

 

A Freguesia da Facha pertence ao Distrito de Viana do Castelo, Concelho de Ponte de Lima, e localiza-se a uma distância de 7 Km da sede do concelho.
Facha é constituída por um vale encaixado entre o monte da Nó a Nascente, o monte do Castelo a Sul e Sueste e o de Santo Estêvão a Poente, abrindo ao Norte para a Ribeira Lima e Serra de Arga.
Possui uma área total de 15,82 Km2 que se distribui por duas zonas distintas: meia encosta alta (“Meia de Cima”) e meia encosta baixa (“Meia de Baixo”). Na zona de meia encosta alta estão localizados os lugares de Morão, Bárrio, Barreiro, Rio, Fundego, Porca, Eido do Monte, Boco, Porteladia, Fontainhas, Leiras, Forcada, Ermida, Outeiro do Rio, Sobreiro, Arribão e Borgonha, sendo estes dois últimos os maiores lugares da freguesia. Na zona de meia encosta baixa existem os lugares de Abel, Pereiro, Casal, Corredoura, Gondim, Torre, Fojo, Guerra, Caseiros, Bouça, Soalheiro, Costa, Pedra e Albergaria.
A zona de meia encosta alta da freguesia é atravessada pela estrada nacional (EN 204) que liga Ponte de Lima a Barcelos, daí a relativa acessibilidade a estes centros urbanos. As freguesias limítrofes são Seara, Vitorino das Donas, Geraz do Lima (Santa Leocádia), Vitorino de Piães, Fojo Lobal e Rebordões (Santa Maria).
A zona de meia encosta baixa da freguesia é atravessada pela estrada municipal e que vai desde o lugar da Porteladia na meia de cima até ao extremo Norte da freguesia no lugar de Abel, fazendo ligação com a estrada nacional (EN 203-Ponte de Lima-Darque)
É uma freguesia com bela panorâmica, de onde se podem contemplar largos horizontes, como por exemplo do Outeiro de Santo Estêvão, que foi um povoado castrejo, de muito interesse arqueológico.

 

RESENHA HISTÓRICA 

 

Facha foi cabeça do Julgado ou Concelho de Santo Estêvão de Riba de Lima, extinto em 1836 e de que foi Tenente em 1128, Hermígio Moniz, irmão de Egas Moniz, com um passado histórico de que restam muitas reminiscências.
O documento escrito mais antigo que se conhece é do século XI: “De Sancto Michaele de Laurdelo”, (do Censual de Braga
No outeiro de Santo Estêvão (capela pré-nacional) existiu um povoado castrejo que se chamou “Castelo Formoso”, designação que o culto de Santo Estêvão fez desaparecer, bem como a memória do povoado.
O culto de Santo Estêvão, nessa localidade, deu origem ao nome do antigo Julgado ou Concelho de Santo Estêvão de Riba de Lima, extinto em 1836, integrando-se no actual de Ponte de Lima. O Julgado chamou-se assim porque ficava no sopé desse outeiro a sua Câmara ou Tribunal (ainda hoje conhecido o local por “Audiência”). Em 1127 foi Tenente (administrador) desse Julgado, Hermígio Moniz, irmão de Egas Moniz, cuja residência poderá ter sido a Casa do Paço, ainda com restos da construção gótica (duas portas) e que fica perto da sede do referido Julgado. No Paço apareceram há poucos anos os restos de uma casa castreja e uma necrópole e forno cerâmico do século IV.
No monte do Castelo existiu um Castelo Medieval, de que ainda restam vestígios, que foi apoio e defesa do referido Julgado ou Concelho. O picoto do Castelo, onde ele se situava, também é conhecido, ainda hoje, por Alto do Facho, sinal que foi ou funcionou como ponto de sinalagem luminosa em tempos, que poderão vir já de época romana.
Na freguesia há muitos vestígios de romanização: tégulas, cerâmicas, vasos de necrópoles, etc., bem como, em época alti-mediévica, vários topónimos de origem visigótica, cerâmicas, restos de um paço suevo-visigótico, onde apareceu também uma fíbula com inscrição cristã: “Cristus Sit Tecum” (“Cristo esteja contigo”), datado do século VI/VII.
Do século XVI, há a casa que foi de Fernão Borges Pacheco, filho de Diogo Borges Pacheco, Fidalgo da Casa Real, Abade da Facha, fundador da Comenda da Facha, com a condição de ser seu primeiro comendador o seu dito filho, Diogo Borges Pacheco.
No livro,Inventário Colectivo dos Registros Paroquiais Vol. 2 Norte Arquivos Nacionais /Torre do Tombo, tem-se a seguinte informação: «A primeira referência a S. Miguel da Facha, que se conhece, é de 1131. Denominava-se na época “Sancti Michaelis de Laurdelo “. Aparece com o mesmo nome numa outra doação, feita em 1158, à Sé de Braga. O primitivo topónimo foi substituído em meados do século XII, como se vê de um documento de 1169: “ecclesia Saneti Michaelis de Laurdelo que vocatur Fastia”.) com origem em “laurus-loureiro”.

Nas Inquirições de D. Afonso III, de 1220, vem já referida sob a denominação de “Sancto Michaele de Fascha”, enquadrando-se na Terra de Santo Estêvão de Riba Lima.

 Em 1528, S. Miguel da Facha rendia cerca de 30 mil réis, e pertencia à Terra de Aguiar de Neiva. No foro administrativo, como cabeça do antigo concelho de Santo Estêvão da Facha, na antiga comarca de Viana, sendo seus donatários os viscondes de Vila Nova de Cerveira.

Refira-se ainda que, em 1755, fez parte da comarca de Viana, passando a figurar em 1839, na de Ponte de Lima e, finalmente, em 1878, no julgado de Vitorino dos Piães.»

 

PATRIMÓNIO: CULTURAL E EDIFICADO

  • Adro da IgrejaAlminhasAlminhas da Fonte do Bárrio
  • Alminhas da Fonte do Boco
  • Capela da Quinta do Paço
  • Capela da Senhora da Abadia
  • Capela da Senhora das Neves
  • Capela de de S. Cipriano
  • Capela de S. João
  • Capela de S. Sebastião
  • Capela de Santo Estêvão (ou da Senhora da Rocha)
  • Capela do Senhor do Socorro
  • Casa do Guarda Florestal
  • Casas típicas em Pedra
  • Castro de Santo Estêvão
  • Cruzeiro de Cristo RedentorCruzeiro de S. JoãoCruzeiro de S. Sebastião
  • Fonte da Capela do Senhor do Socorro
  • Fonte da Casa das Torres
  • Fonte da Regedoura
  • Fonte das Lousas
  • Fonte de Borgonha
  • Fonte do Bárrio
  • Fonte do Boco
  • Igreja Paroquial
  • Miniatura de Monumentos Históricos
  • Moinho da Fonte das Lousas
  • Moinho pertencente ao Sr. Henrique Cerqueira
  • Penedo Furado

 

LUGARES DE INTERESSE TURÍSTICO

  • Caminhos RuraisCasa das TorresQuinta da Albergaria
  • Quinta da Arribão
  • Quinta da Cavada
  • Quinta da Pedreira com capela particular
  •  Quinta de OuteiroQuinta do CasalQuinta do Fundego
  • Quinta do Paço
  • Quinta do Paço Velho
  • Quinta do Sobreiro

 

 

INFRA-ESTRUTURAS DA FREGUESIA

  • Capela Mortuária
  • Escola Básica do 1º ciclo da Arribão
  • Escola Básica do 1º ciclo do Pereiro
  • Jardim de Infância
  • Polidesportivo
  • Residência e Salão Paroquial

 

ACTIVIDADES ECONÓMICAS

A freguesia de Facha é essencialmente agrícola predominando a cultura do milho, do vinho, macieiras e outras variadas árvores de fruto, além da produção de produtos hortícolas e floricultura em estufa.

Destaque-se, no sector pecuário a existência de uma sala colectiva de ordenha mecânica e algumas pequenas explorações de bovinos e ovinos.

Existem na freguesia, outras actividades implantadas, além da agricultura e da pecuária, que têm ocupado uma parte significativa da população activa local, como por exemplo: a indústria têxtil, a transformação de madeiras, a serralharia, a construção civil, o pequeno comércio e o turismo de habitação.

Fontes consultadas: Dicionário Enciclopédico das Freguesias, Freguesias- Autarcas do Séc. XXI, Inventário Colectivo dos Registros Paroquiais Vol. 2 Norte Arquivos Nacionais /Torre do Tombo e Junta de Freguesia.


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